Andar Montar Rodeio – A Virada de Amberley. Cadeirante encontra forças na paixão por cavalos.

Man climbs CN Tower steps in wheelchair

Escrito por Ricardo Shimosakai

25 de outubro de 2020

Mesmo após sofrer um terrível acidente de carro que a deixa paraplégica, a jovem Amberley Snyder (Spencer Locke) não desiste de seu maior sonho: se tornar a maior campeã de rodeio do país. Apesar de já ser a atual campeã, ela se esforça para prosseguir como a número 1 e volta aos treinos pronta para superar qualquer obstáculo.  Amberley Snyder desde pequena demonstra bastante agilidade em montar nos cavalos, por isso, sempre treinou para ser uma das melhores da região.

Perto de conquistar o título, ela acaba sofrendo um acidente de caminhonete, ao capotar o veículo a jovem perde o movimento das pernas, tornando uma paraplégica.  Inconformada com toda a situação, ela acaba acreditando que nunca mais poderá montar em cavalos, consequentemente se distanciando do título tão sonhado. Mas, ao dar uma segunda chance para si mesmo, Amberley acaba encontrando motivos para não desistir.  

Inspirado na incrível vida de Amberley Snyder, em Andar Montar Rodeio: A Virada de Amberley acompanhamos a inspiradora juventude da mulher. O filme é dirigido por Conor Ally e está sendo distribuído originalmente pela Netflix, nele as atrizes Spender Locke e Missi Pyle são os grandes destaques.  

Lidar com problemas nem sempre é tão fácil como imaginamos, por isso em Andar Montar Rodeio: A Virada de Amberley acompanhamos uma história real sobre superação, onde o clichê consegue nos prender até o final, principalmente por não ser mais uma ficção sobre acidentes e superação no mercado cinematográfico.

Uma garota sentada em um cavalo, corre pela área cercada de um haras. Ele tem cabelos loiros, usa camisa rosa, calça jeans e o cavalo tem pelos marrom escuro. Ao fundo há uma montanha com arbustos.
O longa-metragem conversa o tempo inteiro com o público sobre superação, a biografia de Amberley Snyder pode ser um empurrão para muitas pessoas que estão perto de desistir dos seus sonhos. Mesmo impossibilitada de realizar diversas atividades, ela consegue encontrar formas de ser maior que seus desafios.

Por outro lado, o filme levanta questões sobre não ultrapassar seus limites de forma rasa, mostrando em baseamento real como não respeitar o seu limite pode ser prejudicial.  Apesar de Amberley Snyder (Spencer Locke) ser a protagonista, Missi Pyle (Jumanji: Bem-Vindo à Selva) vivendo sua mãe acaba roubando a cena. A forma que a atriz transmite as preocupações materna é sentimental e tocante, ela se encontra desacreditada e sem esperança ao ver o sonho de sua filha indo embora devido o acidente de carro.

Além disso, Pyle consegue ter expressões incríveis transpassando ao público a sua divisão interna entre persistir Amberley ou fazê-la não arriscar a sua saúde.  Ao conhecer a história de uma jovem de 19 anos lidando com o seu novo estilo de vida, também acompanhamos os seus familiares e amigos se comovendo com as condições de Am — apelido íntimo direcionado por alguns. — Durante as cenas os extremos são demonstrados de forma abrangedora, seja da paraplégica, da mãe da deficiente e qualquer outra pessoa, o longa nos apresenta todos sendo esperançosos e ao mesmo tempo desejando desistir, sendo realistas e, por outro lado, sonhadores.  

Andar Montar Rodeio: A Virada de Amberley é recheado de clichês já apresentados em outros filmes, onde uma menina fica impossibilitada de realizar suas atividades, mas acaba sendo persistente e procurando formas de lidar com isso. Infelizmente o trabalho de direção de Conor Ally acaba ficando previsível, enfraquecendo um pouco todo o enredo por esse motivo.  

A produção do filme é boa, a forma como a equipe ficou preocupada com Spender Locke interpretando uma paraplégica é incrível, aparentemente a produção ficou atenta com os detalhes e costumes da jovem, fazendo com a atriz não cometesse erros durante a atuação. Além desse cuidado, a trilha sonora reforça bastante o cenário do longa-metragem, trazendo músicas cowntrye até mesmo utilizando algumas gírias de rodeios durante os diálogos, enriquecendo o roteiro.

Este artigo foi escrito por Mylena Rodrigues e Ricardo Shimosakai, ambos consultores e palestrantes, especialistas em acessibilidade e inclusão, criadores do Projeto Autonomia e membros da ABRATURA.
Fonte: Ser Lesado

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