Faltando pouco mais de 100 dias para abertura dos Jogos Paraolímpicos Rio 2016, o Centro de Treinamento Paraolímpico Brasileiro, em São Paulo, foi inaugurado pelo governador Geraldo Alckmin nesta segunda-feira (23). Acompanharam a cerimônia o ministro do Esporte, Leonardo Picciani e a secretária de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Linamara Rizzo Battistella.

“Hoje é um dia de grande conquista, a inauguração do Centro Paraolímpico Brasileiro. Estamos entregando junto com o Governo Federal, uma ótima parceria. Um dos três maiores do mundo”, disse o governador.

O complexo é referência internacional em treinamento e avaliação de atletas paradesportivos. Localizado em uma área de 140 mil m² no Parque Fontes do Ipiranga, na capital paulista, o CT é fruto de parceria entre o Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, e o Governo Federal, por meio do Ministério do Esporte.

“Esse centro extrapola a Paraolimpíada. Ele é um estímulo a todos nós, a toda a sociedade brasileira. O esporte aproxima as pessoas, aproxima os povos, promove o comércio, o conhecimento e a paz, conhecimento do que é diferente, não é? O mundo melhora”, complementou.

Com 95 mil m² de área construída, o centro tem o objetivo de fomentar o paradesporto brasileiro, criando condições para que seus atletas se destaquem nas competições municipais, estaduais, nacionais e internacionais, sempre dando ênfase às técnicas avançadas e novas tecnologias. O empreendimento segue o conceito de países potência no esporte adaptado, como Ucrânia, China e Coreia do Sul e é um dos quatro centros de treinamento existentes no mundo, sendo o que possui o maior número de modalidades (15).

“Aqui nós teremos 15 das 22 modalidades de esportes paralímpicos. Aqui será o centro de treinamento, capacitação, ciência do esporte, com hotel, restaurante, centro aquático e quadras. E também a aclimatação da seleção brasileira para a paralimpíada. Será ainda um centro diuturno para formação e treinamento de atleta. Em novembro já temos, por exemplo, as Olimpíada Escolares”, explicou Alckmin.

As modalidades contempladas serão: atletismo, basquete em cadeira de rodas, bocha, natação, esgrima em cadeira de rodas, futebol de 5, futebol de 7, golbol, halterofilismo, judô, rúgbi, tênis, tênis em cadeira de rodas, triatlo e voleibol sentado.

O complexo está voltado para treinamentos, competições e intercâmbios de atletas e equipes dedicadas ao desenvolvimento de paradesporto; preparação física e treinamento de novas gerações de atletas de esportes adaptados e formação de técnicos, classificadores, árbitros, gestores e outros profissionais relacionados ao esporte. Além disso, deve abrigar um centro de pesquisa em diversas áreas científicas e tecnológicas associadas ao esporte para pessoas com deficiência.

Além disso, o local está dividido em 11 setores que englobam áreas esportivas de treinamento, hotel, centro de convenções, laboratórios, condicionamento físico e fisioterapia.

Dados técnicos
Início das obras: dezembro de 2013

Total do investimento: R$ 281 milhões (obras) + R$ 24 milhões (equipamentos)

Governo Federal: R$ 167 milhões (obras) + R$ 20 milhões (equipamentos e materiais esportivos)

Governo Estadual: R$ 114 milhões (obras) + R$ 4 milhões (equipamentos)

Além do investimento em obras e equipamentos, o Estado de São Paulo cedeu o terreno para a implantação do Centro, estimado em R$ 390 milhões.

Compensação das obras do Centro de Treinamento Paraolímpico Brasileiro
As obras do complexo foram compensadas no Programa Nascentes, coordenado pela Secretaria do Meio Ambiente. A OAS, empresa responsável pela construção, contratou a ONG Iniciativa Verde, que plantou 3,3 hectares, o que equivale a 5.501 mudas, em áreas do Parque Estadual do Rio Turvo.

O Programa Nascentes é a maior iniciativa já lançada pelo Governo do Estado de São Paulo para manter e recuperar as matas ciliares – vegetação localizada no entorno de nascentes e nas margens de rios, córregos, lagos e represas que protegem as margens dos corpos d’água, evitando o assoreamento e favorecendo a regularização da vazão dos rios e córregos, além de oferecer abrigo e alimentação para a fauna local.

Já foram plantados, dentro do Programa, mais de 640 hectares, equivalentes a mais de um milhão de mudas (considerando o espaço padrão 2m x 3m, ou seja 1667 mudas por ha) e a 899 campos de futebol.

Fonte: Governo do Estado de São Paulo

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